quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mulher de Cambará é uma das mais velhas do Paraná



  Mulher de Cambará é uma das mais velhas do Paraná
O documento oficial que a família apresenta mostra que ela tem 94 anos, mas os familiares dizem que foi tirado quando de seu casamento na Igreja, aos 20 anos de idade em 1917. Mariana de Souza Cunha, teria nascido mesmo em 1897, contando agora com 114 anos.
Residente na Vila Rubim em Cambará,  nasceu na cidade de Guainazes/SP, região de Bauru, cidade que conheceu quando havia apenas três ruas, entre as quais a Nações Unidas, uma das principais da cidade hoje, filha de Leopoldino Gonçalves de Souza e Ozória Maria de Jesus.
Diz que o bisavô índio foi laçado no mato para casar com sua bisavó. Em Guaianazes casou-se com Pedro Gomes Cunha, com quem teve 10 filhos. Não consegue lembrar exatamente quando chegou a Cambará, mas casou-se no cartório cambaraense em 1977 quando o marido ficou muito doente, e lhe orientaram que se não comprovasse que era casada no “papel”, o casamento só na Igreja não lhe permitiria receber a pensão do marido.
Dos dez filhos restam quatro. Reside com a filha de 61 anos, deficiente visual desde os sete anos, Irene da Cunha Venâncio, e a neta Celma de Jesus Venâncio da Silva, mãe de Ana Luiza Venâncio da Silva de 01 ano e 03 meses.
Mariana há pouco tempo perdeu a visão, mesmo assim, não deixa de confeccionar bancos em madeira, com uma grande faca e um martelo, que manipula com muita propriedade. A filha diz que antes de perder a visão era uma excelente costureira, e os bancos que confecciona tinham um melhor acabamento. Dotada de uma boa memória, conta muitos casos de sua infância, recorda como o pai era severo, e toca músicas de louvor a Deus em sua gaita e em um violão.
Irene diz também, que a mãe não toma nenhum remédio alopático. Que sabe que a pressão de Mariana está desregulada, quando apresenta enjôos, curados com chás. “Por causa da pressão, nós procuramos fazer a alimentação dela sem muito sal”, diz Irene. Fala ainda, que a idosa não gosta de verduras e só come carne. “Ela fala que na infância teve que comer muita verdura, e agora só quer comer carne”, conta a filha.
Se Mariana fosse católica seria chamada de benzedeira. Se fosse espírita, seria chamada de médium. Ligada a Comunidade Evangélica Deus Vivo, que tem sua sede na cidade de Londrina, é chamada de missionária pelos adeptos da Comunidade. Até a pouco tempo ela orava pelas muitas pessoas que a procuravam. Hoje o dom da oração, foi passado para a filha Irene, que está dando continuidade a uma faculdade especial que o pai de Mariana lhe repassou. Segundo ela, na vida "precisamos orar pelas pessoas, e até pelos nossos inimigos". Esse foi o ensinamento que seu pai lhe deixou como herança, e que ela mantém até hoje.
A história de Mariana foi descoberta pela coordenadora do grupo da 3ª Idade Alegria de Viver, Edna Rosa, que presta um serviço voluntário no Asilo São Vicente de Paulo. Edna gravou a idosa tocando gaita e diz que vai postar o vídeo na internet.

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