PAPA ANUNCIA SUA RENÚNCIA NO DIA 28 DE FEVEREIRO
“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de
Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade
avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério de
São Pedro.", anunciou o Papa Bento XVI.
O jornal Público, de
Portugal, há meses desenha um quadro difícil para Bento XVI. Diz ele que
o Papa não controla a Cúria, cartas falam de corrupção e Bento XVI
preocupa-se com eventuais cismas. No Vaticano, os últimos meses
adensaram o ambiente de fim de pontificado.
"A Cúria Romana tornou-se um monstro ingovernável que o próprio Papa,
de perfil sobretudo intelectual e académico, já não consegue controlar.
No Vaticano, nas vésperas do sétimo aniversário da eleição de Bento
XVI, parece viver-se já um ambiente de final de pontificado, semelhante
ao que caracterizou a última década de João Paulo II.
O
diagnóstico é feito por responsáveis do Vaticano ouvidos pelo PÚBLICO e
resulta de diferentes episódios dos últimos meses, onde não faltaram
acusações de lutas pelo poder e a divulgação de cartas dirigidas ao Papa
a denunciar corrupção.
Também há quem relativize, dizendo que
os casos apenas traduzem luzes e sombras de uma instituição plural, onde
convive o melhor e o pior da natureza humana. O PÚBLICO escolheu nove
casos recentes que traduzem este ambiente e falou com vários
observadores no Vaticano.
A estrutura central do catolicismo
parece colada com cuspo. Bento XVI, que em Fevereiro se tornou o sexto
Papa mais velho dos últimos 700 anos, já não tem mão na Cúria. Ao mesmo
tempo, tenta evitar a custo um cisma dos católicos germânicos."
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