A listagem com o resultado nacional da avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será revelada hoje pelo Ministério da Educação trará um resultado muito decepcionante para duas escolas de Jacarezinho. O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite e o Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) Geni Sampaio Lemos estão entre os 10 estabelecimentos de ensino com pior resultado em todo o Paraná. Com o resultado, ironicamente a cidade que tem vocação para conhecimento com os campi da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), que oferece 22 cursos de graduação a mais de seis mil alunos matriculados em suas faculdades, não consegue bons resultados no ensino médio e fundamental. No Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, onde estudam 695 alunos, 203 deles em seis turmas do ensino médio, a nota média do Enem em 2008 foi de 37, 54. O resultado é pior que a média de 2007, quando 18 alunos que fi zeram o exame conseguiram média 41, 05. Já no Centro de Educação Básico para Jovens e Adultos (CEEBJA) Geni Sampaio Lemos, a nota média foi 37, 96. Para Ana Lúcia Bacon, explica que vários fatores podem indicar os maus resultados dos dois estabelecimento. O péssimo resultado do CEEBJA Geni Sampaio pode ser explicado pela própria dificuldade que o aluno adulto e que está fora da sala de aula há muitos anos tem quando retorna para os bancos escolares. “É natural que cada um deles tenha uma dificuldade em acompanhar o sistema”, justifica. Para evitar isso, o núcleo tem disponibilizado mais pedagogos para acompanhar o estudantes. “Acredito que as medidas que estamos tomando comecem a apresentar resultado em médio prazo”, prevê. Já o Colégio Anésio Leite, por exemplo, explica a chefe do núcleo, está instalado em um bairro periférico de Jacarezinho, onde os índices de violência são bem maiores que em outras regiões da cidade. O local é habitado, principalmente, por famílias carentes ou que vivem com renda inferior a dois ou três salários mínimos. “Para tanto, desde o ano passado estão sendo implantadas projetos sociais para facilitar o acesso dos alunos à escola”, explica a chefe do núcleo. Segundo ela, o colégio está fazendo um raio x da vida de cada aluno para diagnosticar as dificuldades na sala de aula. “Queremos saber onde vive, com que mora, o que faz fora da escola”, detalha. Outra medida é investir na capacitação dos professores com oficinas.
Jacarezinhonanet.com
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