sexta-feira, 1 de maio de 2009

Alto-falantes ajudam comunicação em Abatiá e Jundiaí do Sul


Quando o alto-falante da igreja de Abatiá solta a Ave Maria, os 5.000 moradores ficam em suspense. “A gente fica triste. Um a menos na população”. 


O dono da funerária é o locutor da má notícia: “Faleceu em nossa cidade com 85 anos...”. “Dá um calafrio na gente”. Mas do estúdio improvisado não sai apenas tristeza: achados e perdidos, casamentos e festas também ecoam pelo serviço da paróquia. “A maioria das notícias que a gente fica sabendo é pela igreja". 

Jundiaí do Sul tem 3.500 e um roteiro mais variado. As chamadas cornetas anunciam empregos: “Tem vagas para a colheita do café e o corte de cana”. Reforçam campanhas de saúde: “Proteja-se contra a gripe”. 

O modelo mais comum é um alto-falante para cada canto. Nesses pequenos lugares, que não tem jornal, nem emissora de rádio, o serviço é o único meio de comunicação. 
“Acho muito importante”. “Não pode parar não. Tem de ir em frente”. O de uma igreja de Curitiba parou depois de 40 anos informando a população. O silêncio dos altofalantes foi imposto pela prefeitura que alegou poluição sonora no bairro. 

“Um momento triste, um momento forte, mas um bom cristão nunca perde a esperança. Em protesto, o padre fez o enterro simbólico do equipamento, que agora descansa em paz, para tristeza dos fiéis


globo.com.


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