URAÍ - Prefeito denuncia esquema de corrupção e pede cassação de três vereadores

Na última quinta-feira (23/02) o prefeito de Uraí Almir Fernandes de Oliveira, protocolou DENÚNCIA, junto a Câmara de Vereadores com pedido de CASSAÇÃO DOS MANDATOS dos vereadores ALTAIR MURILHO, atual Presidente da Câmara de Vereadores de Uraí, JORGE TOSHIO NOSSO e LEONILDO APARECIDO DE MORAES.
Almir Fernandes declarou que após assumir a prefeitura em junho de 2011 se deparou com o que chamou de “quadrilha” e um conjunto de esquemas que degradaram a máquina pública, onde se verificou o envolvimento direto dos três vereadores denunciados, que utilizavam o erário público em benefício pessoal.
Dentre os esquemas denunciados está a compra de herbicidas pagos pela Prefeitura Municipal de Uraí, mediante empenho de nota fiscal emitida em nome do vereador JORGE TOSHIO NOSO. Na Nota Fiscal havia descrição da propriedade do vereador, Lote 39, Sítio São Geraldo, Seção Santa Maria, Uraí/Pr, local onde supostamente foram usados os herbicidas. Do empenho, não foi localizado qualquer procedimento licitatório ou mesmo dispensa de licitação para aquisição.
Quanto ao Presidente da Câmara de Vereadores de Uraí, Sr. ALTAIR MURILHO, foi favorecido por meio de procedimento licitatório modalidade “Carta Convite”, onde utilizou – se de um “laranja” para “vencer” a licitação. A empresa “vencedora” M. JACINTO CONSTRUÇÕES LTDA, emitia notas fiscais para recebimento dos valores junto a Prefeitura, sendo que o vereador ALTAIR MURILHO, de próprio punho, assinou empenhos de recebimento na condição de credor. Também, de acordo com a microfilmagem dos cheques de pagamento, alguns foram depositados na conta pessoal do vereador ALTAIR MURILHO bem como de sua construtora A. MURILHO CONSTRUÇÕES LTDA.
Valendo – se do mesmo artifício, utilizando – se de um “laranja” o vereador LEONILDO APARECIDO DE MORAES, também conhecido como “LÉO DO SOM” empenhou nota fiscal de terceiro, referente a aluguel de equipamento sonoro para a realização do carnaval 2010. O próprio vereador LEONILDO APARECIDO DE MORAES assinou na condição de credor o empenho, apostando sua assinatura e inserindo seu CPF de próprio punho. Da mesma forma, o cheque de pagamento do empenho, de acordo com a microfilmagem, foi depositado na conta do vereador LEONILDO APARECIDO DE MORAES. Após, o procedimento, foi emitido um segundo empenho, de mesmo número, agora assinado por terceiro, tentando “maquiar” o procedimento ilegal.
Além de improbidade administrativa as denúncias responsabilizam os vereadores pelos crimes de peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica e crime contra a lei de Licitações.