Um enxame de abelhas africanas se instalou numa lixeira e provocou o fechamento do atendimento no pronto-socorro municipal das 17 às 19h45m deste domingo, dia 17,em Santo Antônio da Platina.Nunca havia acontecido nada semelhante no local.Foram necessárias as presenças do corpo de bombeiros e da PM para ajudar a retirar as milhares de abelhas africanas, temidas pela agressividade e alto poder tóxico do veneno.Pessoas atacadas podem até mesmo morrer.
O sargento
Almeida e o soldado Maciel tentaram primeiramente afugentá-las com gás
CO2, o mesmo usado para apagar incêndios.Porém, não surtiu resultado.O
trânsito foi bloqueado.
Maciel, com uma vestimenta própria de
apicultor, usou então um lança-chamas e conseguiu exterminar parte da
colônia e a restante fugiu.
O fato atraiu dezenas de
curiosos.Uma mulher com crise nervosa teve que entrar pelo Hospital
Nossa Senhora da Saúde para ser atendida.
Centenas dos insetos ficaram mortas no chão da entrada do PS e nas ruas vizinhas.
As
abelhas africanas são tão preparadas para a autodefesa que percebem
vibrações no ar a 30 metros de distância e já se sentem ameaçadas quando
alguém chega a menos de 15 metros da colméia. Quando atacam, podem
perseguir sua vítima por mais de um quilômetro.
De tão
perigosas, passaram a ser conhecidas em todo o mundo como abelhas
assassinas. O apelido não pegou à toa: desde a década de 50, mais de mil
pessoas já morreram por causa de suas picadas só no continente
americano. No Brasil, elas chegaram em 1956, trazidas pelo agrônomo
paulista Warwick Estevan Kerr, que queria melhorar a produção de mel -
mais resistente a doenças, a africana é mais eficiente. Kerr trouxe 51
rainhas para o interior de São Paulo.
Dois anos depois, um
técnico deixou, por descuido, que algumas escapassem da colônia
experimental. Desde então, elas espalharam tanto seus genes que, hoje,
cerca de 90% das abelhas do país são descendentes do cruzamento dessa
espécie com a europeia. A partir do Brasil, elas invadiram quase toda a
América do Sul e a Central, e chegaram aos Estados Unidos em 1990,
driblando os vários centros de controle construídos na fronteira deste
país com o México.
npdiario
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